Star Trek, renomada franquia de ficção científica, frequentemente explora temas profundos sobre a natureza humana e o poder. Em suas diversas séries, um padrão tem sido observado: os almirantes da Frota Estelar frequentemente se corrompem. Contudo, “Star Trek: Lower Decks” trouxe uma nova perspectiva sobre essa questão ao explicar as razões pelas quais um almirante se tornou vilão. Este artigo detalha essa revelação e o contexto que a envolve.
Por Que Almirantes da Frota Estelar se Corrompem?
Ao longo das décadas, Star Trek apresentou inúmeros almirantes que, movidos por poder ou por um senso distorcido de dever, desafiaram os princípios da Federação Unida de Planetas. Em “Star Trek: Lower Decks”, o almirante Milius surge como um exemplo de como a pressão e os abusos institucionais podem levar à ruptura de uma figura outrora admirável. Essa série, em seu tom de comédia animada, aborda questões sérias e oferece uma nova interpretação sobre o que leva esses oficiais a se rebelarem.
“Lower Decks” e a Motivação do Almirante Milius

Na quinta temporada de “Star Trek: Lower Decks”, episódio 3, intitulado “The Best Exotic Nanite Hotel”, os personagens Bradward Boimler, Jack Ransom e Andy Billups encontram o almirante Milius a bordo do cruzeiro estelar Cosmic Duchess. Milius, visivelmente afetado pelo que é descrito como “loucura de férias”, revela seu descontentamento com a Frota Estelar, que o havia relegado a missões humilhantes, como a ordenha de baleias espaciais.
Contexto e Consequências
A insatisfação de Milius com a Frota Estelar reflete um aspecto inegável da saga: a pressão sobre os oficiais de alto escalão pode ser esmagadora. Essas condições fazem com que alguns almirantes busquem meios alternativos para reafirmar sua autoridade, mesmo que isso implique em atos moralmente questionáveis. No caso de Milius, seu retorno ao serviço ativo ocorre após um incidente que envolve a descoberta da nave USS Endeavor, oriunda de uma dimensão microscópica.
O Histórico de Almirantes Corruptos em Star Trek

Star Trek tem uma longa tradição de apresentar almirantes que desafiam as normas éticas da Federação. Personagens como o almirante Cartwright em “Star Trek VI: The Undiscovered Country” e o almirante Layton em “Star Trek: Deep Space Nine” exemplificam como o medo pode levar líderes a tomarem medidas drásticas para “proteger” a Federação.
Outros exemplos incluem o almirante Dougherty em “Star Trek: Insurrection”, que buscava remover a população Ba’ku para explorar os recursos do Briar Patch, e o almirante Pressman em “Star Trek: The Next Generation”, que desrespeitou tratados com os romulanos para desenvolver tecnologia de camuflagem. Esses casos reforçam a ideia de que o poder pode corromper até mesmo os líderes mais promissores da Frota Estelar.
Almirantes Heroicos

Apesar dos muitos “almirantes malignos” em Star Trek, a franquia também apresenta líderes exemplares. O capitão Jean-Luc Picard e a capitã Kathryn Janeway são exemplos de como a promoção ao cargo de almirante não significa, necessariamente, uma queda na integridade. Ambos ascenderam à patente de almirante mantendo seus valores, servindo como contrapeso às ações nefastas de outros almirantes.
Além disso, personagens como o almirante Charles Vance em “Star Trek: Discovery” e o almirante Maxwell Forrest em “Star Trek: Enterprise” mostram que a liderança na Frota Estelar pode, sim, ser virtuosa e comprometida com o bem maior da Federação.
Star Trek, ao longo de suas séries e filmes, explorou com maestria as complexidades do poder e suas consequências. A explicação de “Star Trek: Lower Decks” sobre as razões pelas quais o almirante Milius se desviou oferece uma perspectiva nova e empática sobre o fenômeno dos “almirantes malignos”. Enquanto o poder pode corromper, Star Trek também nos lembra que líderes justos e íntegros são possíveis, como demonstrado por Picard e Janeway.